Densidade de plantas e desbaste de frutos na produção de híbridos de melancia, em diferentes épocas

Resumo

 Apesar de bastante consumida nacionalmente, a produtividade brasileira de melancia é muito baixa quando comparada á outros países. Essa ineficiência produtiva se deve a fatores bióticos e abióticos, e se agrava com a escassez de estudos sobre a cultura no Brasil. Em razão disso, objetivou-se avaliar os efeitos da densidade de plantas e dos desbastes de frutos, em dois híbridos comerciais de melancia (Talisman e Youlie), a partir de um ensaio realizado em duas épocas (Abril - Julho e Agosto - Novembro). O experimento, conduzido em Uberlândia-MG, foi constituído de dois materiais comerciais; dois manejos de posição de frutos (A-basal e B-distal) e de quatro densidades de plantas (3000, 4000, 5000 e 6000 plantas ha^-1). Avaliou-se: massa média de frutos; brix^o; firmeza; coloração de polpa; cavidade interna; densidade de fruto e produtividade. Constatou-se que a massa média de frutos foi inversamente proporcional à densidade de plantas para as três primeiras densidades.  Avaliando a quarta densidade, 6000 plantas ha^-1, constatou-se um acréscimo na massa de frutos, provavelmente devido ao florescimento que acabou sendo afetado pela densidade. A maior produtividade foi encontrada com 6000 plantas ha^-1, sendo os frutos com massa mais próxima da desejada comercialmente (>10 Kg). Na época 1 (Abril-Julho) as características estudadas diferiram-se de manejo para manejo e de híbrido para híbrido e, na segunda (Agosto-Novembro) poucas variáveis apresentaram diferenças significativas. Observou-se que o desbaste de frutos dos nós basais é mais relevante para que se obtenham frutos comerciais e elevada produtividade. Porém, fatores abióticos podem equiparar ambos os manejos. Ambos os híbridos apresentaram boas características quantitativas e qualitativas, tendo o material Talisman se destacado em ambas as condições climáticas.

Palavras-chave: Citrullus lanatus, espaçamento, posição de frutos, híbridos.