Qualidade fisiológica de sementes de genótipos de pimenta dedo-de-moça em diferentes estádios de maturação e armazenamento

Leandro Simões Azeredo Gonçalves, Gisely Paula Gomes, Clério Valentin Damasceno Junior, Robson Alessandro de Queiroz, Lucia SA Takahashi, Denis S da Costa, Maria PBA Nunes

Resumo


Um dos principais problemas na produção de sementes de pimentas é a maturação desuniforme dos frutos. Isso ocorre devido ao florescimento contínuo da planta, dificultando que a colheita seja realizada de uma única vez. Dessa forma, estudos sobre o estádio de maturação dos frutos e a qualidade fisiológica das sementes são de fundamental importância para se identificar o momento adequado de colheita evitando a deterioração das sementes. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade fisiológica de sementes de pimenta dedo-de-moça (Capsicum baccatum var. pendulum) em diferentes estádios de maturação e o efeito do armazenamento no vigor das sementes. Para isso foram utilizados cinco genótipos de C. baccatum em diferentes estádios de maturação (verde, alaranjado e vermelho) e submetidos a dois tempos de armazenamento (pós colheita e 10 dias após colheita). A avaliação do potencial fisiológico e vigor das sementes foi realizada pelos testes de germinação por meio da primeira contagem, teor de umidade, índice de velocidade de germinação, condutividade elétrica e envelhecimento acelerado. Os resultados observados foram submetidos à análise de variância e comparação de médias pelo teste de Tukey bem como à análise de componentes principais. De modo geral, a coloração dos frutos refletiu a maturidade das sementes por proporcionar a máxima germinação quando a coloração vermelha era observada. Por outro lado, mesmo que os frutos sejam colhidos em estádio de maturação anterior ao vermelho (verde e alaranjado) o período de repouso mostrou-se benéfico para características de germinação e vigor, sendo este resultado mais evidente nos frutos verdes que inicialmente possuíam potencial fisiológico inferior. Os genótipos avaliados apresentaram comportamento similar, mas com intensidades diferentes, destacando-se a presença de variabilidade genética. 




DOI: https://doi.org/10.1590/hb.v36i4.1450

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