Ácido salicílico: indutor de resistência ao Tetranychus urticae e Helicoverpa armigera em morangueiro

Renata Favaro, Juliano Tadeu Vilela de Resende, André Gabriel, André Ricardo Zeist, Ely Cristina Negrelli Cordeiro, Jorge Luis Favaro Junior

Resumo


O morangueiro é suscetível a diversas pragas que ocasionam redução na produtividade. Ao utilizar mecanismos que repelem ou evitam que as mesmas se estabeleçam, concebem uma tecnologia ambientalmente correta, sustentável, para reduzir a frequência no uso de agroquímicos. Neste contexto, objetivou-se avaliar o efeito do ácido salicílico (AS) na indução de resistência ao ácaro-rajado e Helicoverpa armigera em cultivares de morangueiro (Aromas e Sweet Charlie). Foram testados cinco concentrações de AS (0, 25, 50, 75 e 100 mg L-1) para verificar efeitos de antixenose e antibiose. Houve redução da sobrevivência do ácaro nas concentrações de AS 25, 50 e 75 mg L-1 nas cultivares de morangueiro avaliadas. Para o número de ovos depositados sobre folíolo, verificou-se efeito de concentração de AS com ajuste quadrático da equação. A cultivar Sweet Charlie foi mais efetiva que a Aromas na redução da oviposição e na sobrevivência dos ácaros sobre os folíolos tratados com AS. Para a H. armigera, notou-se redução no ciclo de vida, na massa e no comprimento das larvas, nas concentrações 25 e 50 mg L-1 do elicitor. Concentrações 25, 50 e 75 mg L-1 de AS foram as mais eficientes para as características avaliadas permitindo inferir o seu potencial como indutor de resistência em ácaro-rajado e H. armígera na cultura do morangueiro pelos mecanismos de antibiose e antixenose.



DOI: https://doi.org/10.1590/hb.v37i01.1528

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