Visitantes florais e potenciais polinizadores da cultura do morangueiro em cultivo semi-hidropônico

Bruna Piovesan, Aline Costa Padilha, Marcos Botton, Moisés João Zotti

Resumo


O cultivo do morangueiro no sistema semi-hidropônico tem aumentado na região Sul do Brasil por facilitar o manejo, além de evitar adversidades climáticas, pragas e doenças. Nesse sistema, o ambiente protegido pode dificultar o acesso de insetos polinizadores, fundamentais para a produtividade da cultura. Este trabalho teve como objetivo conhecer os visitantes florais associados ao morangueiro da cultivar Albion cultivado no sistema semi-hidropônico e identificar potenciais espécies de abelhas nativas polinizadoras. Os insetos foram capturados em diferentes períodos do dia (9h30min, 12h30min e 15h30min) em três cultivos comerciais localizados nos municípios de Bento Gonçalves e Farroupilha, Rio Grande do Sul. Em cada área de estudo foram realizados três dias de amostragens durante janeiro de 2017. As flores foram visitadas por 47 espécies de insetos. Apis mellifera foi a espécie mais abundante, constante, dominante e frequente. Doze espécies de abelhas nativas foram identificadas: Tetragonisca fiebrigi, Tetrapedia sp., Trigona spinipes, Schwarziana quadripunctata, Dialictus sp.1, Dialictus sp.2, Augochloropsis sp.1, Augochloropsis sp.2, Augochlora sp.1, Plebeia emerina, Plebeia remota e Bombus pauloensis. Todas essas espécies são potenciais polinizadoras da cultura. As espécies nativas Tetragonisca fiebrigi, Plebeia emerina e Plebeia remota apresentam potencial para polinização dirigida do morangueiro em cultivo protegido devido a abundância e facilidade de manejo.

 




DOI: https://doi.org/10.1590/hb.v37i3.1634

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