Produção de rúcula sob estresse salino em sistema hidropônico

Cleoma Guimarães Jesus, Fernando José Silva Junior, Terezinha Rangel Camara, Enio Farias de França Silva, Lilia Willadino

Resumo


A salinidade é um dos estresses abióticos que mais limita a produtividade das culturas em todo o mundo. Os estresses abióticos provocam aumento na produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) que, quando acumuladas, produzem danos ao metabolismo. Para combater as ROS as plantas desenvolveram um complexo sistema de defesa que inclui mecanismos enzimáticos e não enzimáticos de desintoxicação, interrompendo as cascatas de oxidação descontrolada. No presente trabalho, duas cultivares de rúcula (Cultivada e Folha Larga), cultivadas em sistema hidropônico (fluxo laminar de nutrientes) foram submetidas a seis tratamentos, o controle foi constituído pela solução nutritiva sem a adição de sal, e os demais mediante a adição de NaCl à solução nutritiva resultando nas seguintes condutividades elétrica: 1,8; 3,8; 5,8; 7,8; 9,7 e 11,8 dS m-1. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado (6x2) com seis níveis de sal e duas cultivares de rúcula, com quatro repetições por tratamento. O incremento da salinidade reduziu o peso fresco e seco das folhas e raiz, e o teor de proteína, porém o conteúdo de prolina foi aumentado. As enzimas catalase (CAT), peroxidase do ascorbato (APX) e polifenoloxidase (PPO) tiveram suas atividades aumentadas com o incremento da salinidade. Esses resultados foram observados nas duas cultivares indicando uma resposta de proteção ao estresse oxidativo mediante a ativação de enzimas do sistema antioxidativo e acúmulo do osmoprotetor prolina mostrando a viabilidade da produção desta hortaliça sob cultivo com água salina.




DOI: https://doi.org/10.1590/hb.v33i4.439

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