Utilização de película de fécula de mandioca na conservação pós-colheita de tomate cereja

Cristiana Maia Oliveira, Regina Celi Cavestré Coneglian, Margarida Goréte Ferreira do Carmo

Resumo


Desenvolveu-se o presente trabalho com o objetivo de avaliar a influência da aplicação de película de fécula de mandioca em frutos de tomate cereja em sua longevidade e qualidade pós-colheita. Utilizaram-se frutos de duas cultivares, Perinha Água Branca e Mascot, produzidos em sistema orgânico e sem aplicação de qualquer defensivo, e colhidos na maturação fisiológica. A estes foram aplicados quatro tratamentos, 0%, 1%, 3% e 5% de fécula de mandioca e em seguida armazenados por 0, 4, 8, 12, 16, 20 e 24 dias, sob temperatura ambiente (25 ± 2°C) e sob condições controladas (12°C e UR 90%) constituindo dois ensaios distintos. Em ambos, adotou-se o delineamento ao acaso em esquema fatorial 2X4X7 e três repetições de 8 frutos por embalagem. As avaliações foram feitas ao longo dos sete períodos de armazenamento quanto foram determinadas a perda de massa fresca, acidez total titulável, sólidos solúveis e pectinametilesterase (PME). Os dados foram submetidos à análise de variância, de regressão e teste de Tukey (p<0,05). Para as duas cultivares, em condições controlada e ambiente, o revestimento com fécula de mandioca a 3% retardou o amadurecimento e a senescência dos frutos de ambas as cultivares, tanto em condições controladas como ambiente.  O tratamento com a concentração de 1% se assemelhou ao controle durante quase todo período experimental e o com 5%, atuou negativamente afetando o processo normal de amadurecimento e aumentado a incidência de frutos infectados por fungos. Para PME a concentração de 5% propiciou maior retenção do amadurecimento e maior firmeza apesar das características negativas causadas como na secagem e manutenção da película sobre o fruto.




DOI: https://doi.org/10.1590/hb.v33i4.447

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