Cultivo de minitomate sob diferentes manejos da fertirrigação

Resumo

A aplicação de elevado nível de adubação e o manejo inadequado da fertirrigação no cultivo de tomateiro em vasos pode promover aumento da salinidade da solução, desequilíbrio nutricional e desordens fisiológicas nas plantas, com conseqüente redução de produtividade e qualidade do produto colhido. Objetivou-se avaliar o efeito de técnicas de fertirrigação no crescimento e produção de minitomates cultivados em vasos no interior de casa de vegetação. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com quatro tratamentos e vinte repetições. Os tratamentos corresponderam a manejos da fertirrigação, sendo: T₁ (testemunha) - fertirrigação com aplicação de fração de lixiviação de 20%; T₂ ‑ fertirrigação ao longo do dia e aplicação de água, com fração de lixiviação de 20%, no final do dia; T₃ - aplicação inicial de água com fração de lixiviação de 20% seguida de fertirrigação; T₄ - fertirrigação usando a solução nutritiva de reuso com aplicação de fração de lixiviação de 20%. As características avaliadas para crescimento, produção e qualidade dos frutos foram: altura e diâmetro da haste, número de cachos, produção total e comercial de frutos, tamanho, coloração, acidez total titulável, teor de sólidos solúveis e textura do frutos. Não foram detectadas diferenças significativas entre os tratamentos em relação às variáveis de crescimento do minitomate. Os manejos de fertirrigação não influenciaram o crescimento do tomateiro e o uso da solução nutritiva padrão com fração de lixiviação de 20% e o reuso da solução percolada, também com fração de lixiviação de 20%, proporcionam maior produção comercial e frutos com maior teor de sólidos solúveis em relação ao uso dos demais manejos de fertirrigação. Recomenda-se a reutilização da solução nutritiva usada no cultivo do tomateiro em substrato, corrigindo-se diariamente a condutividade elétrica da solução.