Reação de genótipos de abóbora e morangas a Phytophthora capsici
Resumo
Phytophthora capsici causa prejuízos significativos em cultivos de abóbora (C. moschata) e morangas (C. maxima), incluindo a podridão de raízes e coroa, o crestamento foliar e a podridão de frutos, o que pode resultar em até 100% de perdas na produção. O objetivo deste estudo foi avaliar a reação de genótipos de abóboras e morangas a P. capsici. Inicialmente foi realizado um experimento para avaliar a agressividade de isolados de P. capsici de diferentes regiões. Posteriormente foram realizados dois experimentos em casa de vegetação com 16 genótipos de C. maschata e sete de C. maxima em anos distintos, utilizando os isolados PCA 40 e PCA 43, identificados como os mais agressivos em teste preliminar. Como testemunhas foram utilizadas a cultivar híbrida Jabras e a cultivar de pimentão Cascadura Ikeda. Os genótipos foram semeados em vasos de quatro litros, contendo solo autoclavado. Quatorze dias após, as plantas foram inoculadas mediante a deposição de 3,0 mL de suspensão a 2,0 × 104 zoósporos mL-1 no solo, próximo ao coleto das plantas. A incidência da doença foi avaliada 8 dias após a inoculação. Os experimentos foram conduzidos em delineamento de blocos casualizados, com cinco repetições e parcelas de quatro plantas. Os genótipos apresentaram diferentes níveis de resistência à doença, TX 10350, PHYT-043, CNPH-3001-1 e MAM-2523-1 se destacaram por apresentarem maior resistência à doença em ambos os experimentos. Contudo, nenhum dos genótipos apresentou resistência completa. Os resultados indicam o uso promissor destes genótipos para a obtenção de linhagens resistentes, visando a obtenção de cultivares híbridas resistentes à podridão de fitóftora.
DOI: https://doi.org/10.1590/hb.v35i4.1039
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