Prolongamento da vida útil de palmito pupunha em tolete acondicionado em diferentes embalagens plásticas

Resumo

O palmito Pupunha (Bactris gasipaes Kunth) é considerado um produto altamente perecível, sendo necessário o desenvolvimento de estudos que visem o prolongamento do tempo de vida útil do mesmo. Diante dessa demanda, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a influência da utilização de diferentes embalagens plásticas na extensão da vida útil de palmito in natura em tolete. Os estipes foram coletados de plantas em propriedade de agricultura familiar localizada no município de Seropédica/RJ. Estes foram descascados, higienizados e embalados no Laboratório de Pós-colheita da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Nesse experimento foram utilizados os seguintes tratamentos de embalagens: controle sem embalagem (C), saco de polietileno não perfurado (SPNP), saco de polietileno perfurado (SPP), saco de polietileno microperfurado (SPMP) e bandeja de isopor + plástico filme (BIPF), sob armazenamento em câmara fria com controle de temperatura (5^oC ± 2^oC) durante 24 dias e sob temperatura ambiente (28^oC ± 2^oC) no 25^o dia. As avaliações físicas, químicas e visual foram realizadas por 25 dias, com amostras submetidas às avaliações aos 0 (caracterização inicial), 4, 8, 12, 16, 20, 24 e 25 dias de armazenamento, e as avaliações microbiológicas foram realizadas por 18 dias, com amostras submetidas às avaliações aos 0, 8 e 16 dias de armazenamento. Os resultados obtidos indicaram que a utilização de todos os tipos de sacos plásticos combinados com refrigeração foi eficiente no prolongamento do tempo de vida útil do palmito pupunha in natura em tolete, por reduzir a perda de massa fresca, manter a qualidade visual e reduzir a contaminação dos toletes. As embalagens SPP, SPNP e SPMP apresentaram um bom desempenho no prolongamento do tempo de vida útil das amostras de palmito em tolete. Assim, é indicada a aquisição de embalagem com menores custos para maximização do lucro dos pequenos produtores.