Produção de frutos e sintomas em genótipos de berinjela cultivados em solo infestado com Ralstonia solanacearum

Resumo

A produção de frutos e sintomas apresentados em plantas de berinjela dos genótipos CNPH006, CNPH171, CNPH658, CNPH778, CNPH783 e CNPH785 foram observados em solo naturalmente infestado com Ralstonia solanacearum, raça 1, biovar III, para quantificação de perdas causadas pela infecção bacteriana. Com exceção do genótipo CNPH778, todos apresentaram ao menos uma planta com murcha típica da doença por tratamento. Entretanto, para a avaliação da resistência, foram considerados, além da murcha, os sintomas: seca e morte de plantas (CNPH006, CNPH171, CNPH658 e CNPH783), amarelecimento de folhas (CNPH785) e menor crescimento de plantas (todos os genótipos). A ocorrência de fluxo bacteriano foi constatada em todas as plantas cultivadas nos canteiros infestados, inclusive naquelas que não apresentaram sintomas de murcha. Plantas cultivadas simultaneamente em canteiros não infestados, com as mesmas dimensões e características, permitiram obtenção de dados de produção em áreas infestadas e não infestadas. Foi calculada a perda percentual de produção de cada genótipo conduzido em solo infestado em relação à produção média da área sem ocorrência do patógeno.  Os genótipos foram agrupados (Scott-Knott P£0,05) quanto à sua capacidade de manter a produção de frutos em uma área infestada. Quando comparados à média obtida na área livre do patógeno, o genótipo CNPH785 foi o mais resistente, não apresentando perda na produção, seguido dos genótipos CNPH783, CNPH778 e CNPH171, com perdas médias de 19,3%; 11,4%; e 10,1%, respectivamente.  Os genótipos CNPH658 e CNPH006 foram os mais suscetíveis, com perdas médias de 99,53 e 99,32%, respectivamente.