PIRCINQUE: nova cultivar de morangueiro para os produtores brasileiros

Antonio Felippe Fagherazzi, Fernanda Grimaldi, Aike Anneliese Kretzschmar, Leo Rufato, Marllon Fernando Soares dos Santos, Paolo Sbrighi, Pierluigi Lucchi, Gianluca Baruzzi, Walther Faedi

Resumo


A cultivar de morangueiro Pircinque foi desenvolvida pelo programa de melhoramento genético do Consiglio per la ricerca in agricoltura e l’analisi dell’economia agraria - Centro di olivicoltura, frutticoltura e agrumicoltura (CREA-OFA) da Itália, e introduzida no Brasil em 2013 pelo Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do Estado de Santa Catarina. No programa de melhoramento em que foi originária, ‘Pircinque’ foi selecionada pela rusticidade da planta e resistência aos patógenos de solo, podendo ser cultivada, em terrenos onde não são realizadas técnicas de esterilização do solo. No Brasil, o cultivo de ‘Pircinque’ tem se mostrado promissor nas principais regiões produtoras de morango. As principais características que permitiram o desenvolvimento desta cultivar junto aos produtores foi o vigor da planta, produtividade, rusticidade da planta, sabor, firmeza de polpa, crocância, doçura e coloração das frutas. Quando cultivada com excesso de adubação nitrogenada, tem-se verificado sensibilidade das frutas ao ataque do fungo Botrytis cinerea, e a um elevado crescimento vegetativo da planta. Devido à peculiaridade das frutas, muito produtores realizam vendas diferenciadas, agregando valor ao produto de qualidade. Também, pelo elevado período de pós-colheita, muitos produtores destinam parte da produção para locais mais distantes. Estas características são determinantes para que a cultivar Pircinque seja distinguível das demais cultivares de morangueiro já comercializadas no Brasil. A cultivar foi registrada junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em 2016 e a comercialização das mudas teve início no ano de 2017 com cinco viveiros credenciados para produzir e comercializar as mudas em todo território brasileiro.




DOI: https://doi.org/10.1590/hb.v39i4.2248

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