Efeito do hidroresfriamento na conservação pós-colheita de coentro

Lucilene Silva de Oliveira, Tania Pires da Silva, Ana Paula Sato Ferreira, Ariana Mota Pereira, Fernando Luiz Finger

Resumo


Objetivou-se com este trabalho avaliar a influência do pré-resfriamento, na forma de hidroresfriamento, na conservação pós-colheita de folhas de coentro ‘Português’.  Folhas de coentro foram arranjadas em maços de 25 g e submetidos aos tratamentos: (1) sem pré-resfriamento e armazenamento a 20°C e UR de 54% (controle); (2) com pré-resfriamento e armazenamento a 20°C e 54% de umidade relativa; (3) sem pré-resfriamento e armazenamento a 5°C e 81% UR; (4)  com pré-resfriamento e armazenamento a 5°C e 81% UR. Os maços que foram pré-resfriados com água gelada a 5oC absorveram água, resultando em acréscimo de 4% no teor relativo de água (TRA) das folhas. O hidroresfriamento manteve a turgescência das folhas por 3 e 4 dias de  armazenamento dos maços a 20 e a 5°C, respectivamente. Após 72 horas da imersão dos maços em água gelada, o TRA reduziu de 89,3 para 88,6 % nos maços armazenados a 20°C e 90,7 % quando armazenados a 5°C, valores próximos ao TRA no momento da colheita. No entanto, mesmo as folhas permanecendo hidratadas, não houve aumento da vida de prateleira devido à ocorrência de degradação da clorofila. Nas folhas pré-resfriadas e armazenadas a 20°C o teor de clorofila foi reduzido em 18% e de 19,8% nas folhas pré-resfriadas e armazenadas a 5°C, ocasionando o descarte dos maços devido ao amarelecimento das folhas. Para os tratamentos não resfriados o teor de clorofila não alterou significativamente, sendo o descarte dos mesmos devido ao murchamento das folhas após 48 e 96 horas da colheita para os maços armazenados a 20 e 5oC, respectivamente. O tratamento mais indicado para conservação pós-colheita de maços de coentro é o armazenamento a 5°C após a colheita, sem o uso de hidroresfriamento.




DOI: https://doi.org/10.1590/hb.v33i4.268

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