Sistema de preparo profundo de solo e sucessão de poáceas para batata: I- Desenvolvimento da cultura
Resumo
A batata no Brasil é usualmente cultivada após a cultura do milho (Zea mays) utilizando-se preparo de solo capaz de atingir por volta de 20 cm de profundidade, em que os impedimentos físicos existentes abaixo da camada preparada não são removidos. Desse modo, postula-se que a realização de preparo profundo de solo associado à sucessão com outras poáceas, tais como as forrageiras, seja uma alternativa para proporcionar maior desenvolvimento da batateira. O presente estudo, realizado com a cultivar Atlantic, teve como objetivo comparar o sistema de preparo de solo convencionalmente adotado na cultura da batata (PC), em sucessão à cultura do milho, a um sistema de preparo profundo (PP), em sucessão a três diferentes poáceas (milho, capim braquiária e capim tanzânia) quanto à dinâmica do crescimento da batateira. A produção em matéria seca (MS) da parte aérea das poáceas variou na ordem tanzânia PP (26.564) > braquiária PP (19.943) > milho PP (5.566) = milho PC (5.720 kg ha-1). Com relação ao desenvolvimento da cultura da batata, o tratamento milho PP (5,56 e 85,51) foi superior ao milho PC (4,34 e 64,83 g planta-1 MS) para produção de raízes e de folhas, não se verificando diferença estatística entre os demais tratamentos. Para a produção de hastes, o tratamento milho PC (5,53 g planta-1 MS) foi inferior e para a produção de tubérculos, braquiária PP e milho PP (152,16 e 149,01 g planta-1 MS) foram superiores ao tratamento Milho PC (115,73 g planta-1 MS). Verificou-se, assim, que o preparo profundo de solo, de forma geral, proporcionou maior desenvolvimento da batateira e que os seus efeitos podem variar conforme a poácea utilizada em sucessão.
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PDFDOI: https://doi.org/10.1590/hb.v33i01.378
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