Divergência genética de batata-doce utilizando descritores morfoagronômicos das raízes

Paula Andrea Osorio Carmona, José Ricardo Peixoto, Geovani Bernardo Amaro, Marcio Antônio Mendonça

Resumo


O conhecimento da divergência genética disponível em um conjunto de genótipos é de grande importância em programas de melhoramento, por evitar recombinações gênicas semelhantes, com consequente aumento da expressão heterótica em híbridos e de ganhos genéticos em gerações segregantes. O presente trabalho teve como objetivos caracterizar morfoagronômicamente 26 genótipos de batata-doce do banco ativo de germoplasma mantido na Embrapa Hortaliças; utilizar estas características para avaliar a variabilidade genética entre os materiais pela aplicação dos métodos de Análise por Agrupamento Hierárquico (AAH) e Análise por Componentes Principais (PCA) e estimar parâmetros populacionais. O experimento foi conduzido na Fazenda Água Limpa, da UnB, em Brasília – DF. Os clones foram cultivados em condições de campo no delineamento em blocos ao acaso com quatro repetições. Foram avaliados 8 caracteres de raiz. Os coeficientes de variação genética (CVg) e ambiental (CVe), a herdabilidade no sentido amplo (ha2) e a razão CVg/CVe indicaram uma situação favorável para a seleção das características produtividade comercial, produtividade total e diâmetro das raízes. Verificou-se alta variabilidade fenotípica e genotípica. Os métodos de agrupamento proporcionaram o mesmo número de grupos e, em cada grupo, os mesmos genótipos. O número de furos causados por insetos do solo (-0,81), o diâmetro (-0,78), a produtividade comercial (0,89), a produtividade total (0,67) e a espessura do córtex das raízes (0,62) foram as características que mais contribuíram para a discriminação dos genótipos avaliados. Materiais dissimilares como o clone CNPH 80, que apresentou bom formato (1,94), e os clones CNPH 46 e CNPH 69, que apresentaram elevadas produtividades totais (38,36 e 47,54 t ha-1, respectivamente), podem ser indicados como genitores em programas de melhoramento.




DOI: https://doi.org/10.1590/hb.v33i2.434

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