Compatibilidade de porta-enxertos para pimentão (Capsicum annuum)
Resumo
Avaliou-se a compatibilidade entre quatro híbridos comerciais de pimentão (Margarita, Rubia-R, Magali R e Maximos) e quatro porta-enxertos com alto vigor, tendo por controle plantas não enxertadas. Os porta-enxertos testados foram o híbrido ‘Snooker’, ‘BRS Mari’ (cultivar de polinização aberta de Capsicum baccatum do tipo dedo-de-moça), a linhagem CNPH 143 (resistente a Ralstonia solanacearum) e um híbrido simples experimental (HSE) da Embrapa Hortaliças com resistência múltipla a doenças, além do controle constituído por plantas sem enxertia ou pés francos. O experimento foi conduzido em cultivo protegido na Embrapa Hortaliças, em Brasília-DF, no delineamento experimental de blocos casualizados, em esquema fatorial 4 x 5 (híbridos x porta-enxertos). Neste trabalho, é proposto um Índice de Compatibilidade (IC) calculado a partir da razão entre a produtividade comercial da combinação enxerto – porta-enxerto e a produtividade comercial da cultivar sem enxertia. Não foram observadas diferenças significativas entre os híbridos avaliados para produtividade e número de frutos por planta. Quanto ao peso médio de frutos, não foram observadas diferenças significativas entre os porta-enxertos e, entre os enxertos, ‘Margarita’ foi estatisticamente superior aos demais. ‘Magali R’ apresentou o maior IC entre as cultivares. Com relação aos porta-enxertos, quanto a produtividade e número de frutos, destacaram-se o HSE e ‘Snooker’. O HSE apresentou IC=1,35 e ‘Snooker’ IC=1,21, ou seja, a produção utilizando esses porta-enxertos superou a produção de plantas sem enxertia em 35% e em 21%, respectivamente, não diferindo estatisticamente entre si sendo, todavia, superiores aos demais porta-enxertos. Considerando-se o elevado IC e a resistência a doenças de solo, o HSE apresenta-se como alternativa de porta-enxerto de interesse para a cadeia produtiva de pimentão.
DOI: https://doi.org/10.1590/hb.v34i4.444
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