Desempenho de híbridos de tomate para processamento industrial em pressão de begomovirose e de mancha-bacteriana

Resumo

Foram conduzidos três ensaios em 2010 e 2011 para avaliar em campo o desempenho de híbridos comerciais e experimentais de tomate para processamento industrial com ocorrência de begomovirose (ensaios 1 e 3) e de mancha-bacteriana (ensaios 2 e 3), importantes doenças da cultura. O delineamento experimental nos dois primeiros (2010) foi em blocos ao acaso e no terceiro (2011) foi com parcela subdividida, sendo a parcela “inoculação de Xanthomonas spp.” (com e sem) e a subparcela “híbridos”. A infecção por begomovírus foi natural. Para propiciar a ocorrência da mancha-bacteriana, os híbridos foram inoculados com X. perforans e/ou X. gardneri. Avaliou-se severidade das doenças, por atribuição de notas, e a produtividade. Foram calculados o efeito relativo de tratamento ) para severidade das doenças que foi tomada em uma única avaliação (ensaios 1 e 2) e a Área Abaixo da Curva de Progresso da Mancha-bacteriana (AACPMab) para a severidade estimada em quatro datas, no ensaio 3. Diferenças significativas foram observadas em relação à severidade das doenças estudadas nos três ensaios e para produtividade nos ensaios 2 e 3. BRS Sena, HF1-50 e BQ-210 foram os híbridos com efeito relativo de tratamento ) inferior a 0,50 para a begomovirose (ensaio 1) e pouca sobreposição de intervalo de confiança do   (IC) foi observada. Para mancha-bacteriana (ensaio 2), sete híbridos tiveram < 0,50, porém com muita sobreposição entre os ICs devido à grande amplitude desses intervalos. No ensaio 3, verificou-se diferenças significativas para a begomovirose e para a AACPMab, com BRS Sena confirmando o melhor desempenho para begomovirose e os híbridos CVR 94, BRS Sena, BA 5446 e HMX 7889, com menor AACPMab, diferindo dos três mais suscetíveis. A mancha-bacteriana ocasionou redução da produtividade significativa para sete dos 10 híbridos testados, chegando a 41,4% de redução média.