Fitoquímica e potencial fungicida de extratos e frações de Curriola contra Lasiodiplodia theobromae
Resumo
O uso de extratos vegetais pode ser uma das alternativas para reduzir o uso de agrotóxicos e controlar doenças e pragas que afetam a produção agrícola. O objetivo deste trabalho foi realizar a caracterização química do extrato e frações das folhas de Pouteria ramiflora e determinar o potencial fungicida sobre Lasiodiplodia theobromae. O extrato etanólico, das folhas secas e trituradas, foi obtido por maceração. Parte desse extrato foi sequencialmente particionado e obtido as frações: hexano, diclorometano, clorofórmio, acetato de etíla, n-butanol e hidrometanólica e submetidos a analise fitoquimica e aos bioensaios. O desenvolvimento experimental consistiu em adicionar inóculos de L. theobromae (5 mm), obtidos a partir de colônias puras, ao meio de cultura BDA (batata-dextrose-ágar) acrescido do extrato e das frações em diferentes concentrações (800, 1200, 1600, 2000 e 2400 µg mL-1) e um tratamento controle (BDA). As placas foram incubadas em B.O.D. (25±2 ºC) e as avaliações realizadas por meio da medição do diâmetro das colônias até atingir a borda da placa. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com cinco repetições, sendo os tratamentos constituídos do fatorial de sete extratos/frações e seis concentrações. No Índice de Velocidade de Crescimento Micelial (IVCM) obtido, procedeu-se Análise de Variância (PROC GLM do aplicativo SAS) e quando significativo, foi realizada a análise de regressão (PROC REG e PROC NLIN). Todos os extrato/frações diminuíram o ÍVCM de L. theobromae, à medida que se aumentava as concentrações. A melhor redução do Índice Velocidade Crescimento Micelial ocorreu na fração n-butanólica, a eficiência desta fração pode estar relacionada com a presença dos flavonoides e as antraquinonas. O extrato e frações de P. ramiflora, uma arbórea do Cerrado sul-mato-grossense, foi eficiente no controle de L. theobromae apresentando potencial para controle em cultivos orgânicos ou em sistemas de manejo integrado.
DOI: https://doi.org/10.1590/hb.v35i4.877
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