CULTIVO IN VITRO DE JAMBU COM DIFERENTES REGULADORES DE CRESCIMENTO

Susan P Almeida, Joanne Moraes de Melo Souza, Andredy M T Amorim, Sérgio A. L. de Gusmão, Rodrigo O. R. de M. Souza, Alberdan S Santos

Resumo


Acmella oleracea, conhecida como jambu, é uma planta medicinal pertencente à família Asteraceae. Devido às várias propriedades medicinais e cosméticas têm aumentado o interesse e a procura no setor farmacêutico para uma propagação em larga escala. O presente trabalho objetivou investigar o desenvolvimento in vitro do jambu com diferentes reguladores de crescimento. Inicialmente, após assepsia as sementes foram inoculadas em meios diferentes (MS, ½MS e água-ágar) para germinação in vitro. Para o estabelecimento da micropropagação foram utilizados segmentos nodais das plântulas germinadas in vitro em meio MS com BAP a 0,0 (T1);0,125(T2);0,25(T3); 0,50(T4) e 0,75 mg.L-1 (T5).Para a indução de calos foram utilizados segmentos nodais em meio MS com 2,4-D a 0,0(T1); 0,25(T2); 0,50(T3); 0,75(T4) e 1,0(T5) mg.L-1. Todos os meios foram suplementados com sacarose a 30 g.L-1 e ágar a 8 g.L-1. As culturas foram mantidas a 25 ± 2 oC e fotoperíodo de 16h. As maiores taxas de germinação foram obtidas em meio MS, com melhor desenvolvimento das plântulas e maior altura (3,7cm). No estabelecimento in vitro todos os explantes tiveram respostas morfogênicas, sendo o T2, o melhor tratamento com média de 2,2 brotações/explante e altura média de 2,4 cm. Na indução de calos todos os tratamentos com 2,4-D formaram calos friáveis, não apresentando diferenças significativas entre si. Conclui-se que a germinação in vitro de jambu ocorre melhor em meio MS. O estabelecimento da micropropagação in vitro apresenta melhores resultados em 0,125 mg.L-1 de BAP. A indução de calos pode ser realizada mesmo sem suplementação de regulador de crescimento exógeno. A espécie apresenta muitas raízes adventícias, mesmo sem a presença de regulador, o que permite inferir que a mesma pode apresenta teores elevados de hormônios endógenos, principalmente auxinas.




DOI: https://doi.org/10.1590/hb.v38i2.929

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