Ação sanitizante de fermentado acético triplo sobre Escherichia coli em alface com contaminação de origem e com contaminação artificial.

Giovanna Cavagnari de Souza, Wilma Spinosa, Tereza Cristina Oliveira

Resumo


Protocolos de sanificação de hortaliças utilizam cloro, que apresenta efeitos adversos, como liberação de compostos cancerígenos e contaminação do meio ambiente. A alternativa para substituir o cloro seria o uso do ácido acético, devido à disponibilidade na forma de vinagre e por não apresentar riscos à saúde humana. O trabalho teve como objetivo avaliar a ação do fermentado acético de álcool com 13% (m/v) de acidez total, expressa em ácido acético, para uso na sanificação de alfaces. A escolha deste fermentado é justificada por ser um produto de baixo preço e disponível no mercado brasileiro. A concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração bactericida mínima (CBM) para Escherichia coli do ácido acético 13% (m/v) foi de 0,25 e 1,5% de acidez total, respectivamente. Amostras de alface artificialmente contaminadas com suspensões de 1,0 x 106 UFC/mL de E. coli e amostras com contaminação de origem foram lavadas com água e imersas em solução com 1,5% (m/v) de ácido acético, por 15 minutos. Esse tempo foi eficiente para a redução significativa da contagem de E. coli nas amostras artificialmente contaminadas e na contagem de coliformes totais e de E. coli nas amostras com contaminação de origem. Nenhuma alteração visual das folhas de alface foi observada, indicando que a concentração de 1,5% (m/v) de acidez total pode ser utilizada na sanificação da hortaliça sem prejuízo à sua aparência.



DOI: https://doi.org/10.1590/hb.v36i3.1090

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