Produção de alface para baby leaf em bandejas com reuso e solarização de substrat

Lívia Aguiar Sumam Moraes, Alex Humberto Calori, Thiago Leandro Factor, Flávia Rodrigues Alves Patrício, Raquel Guini, Mônica Ferreira Abreu, Luis Felipe Villani Purquerio

Resumo


No sistema produtivo de baby leaf em bandejas o substrato utilizado, bem como o sistema radicular das plantas que permanecem nas bandejas após a colheita, tornando-se resíduos. Seu reuso pode reduzir o custo de produção bem como diminuir o resíduo gerado. Em substratos provenientes de reuso é possível que exista a presença de patógenos causadores de doenças, principalmente do tombamento na cultura de alface. Assim, a solarização é uma opção para eliminação desses patógenos. Portanto, o objetivo do presente estudo foi verificar o efeito do reuso e solarização do substrato a base de fibra de coco na produção de alface com a finalidade baby leaf, bem como verificar a qualidade química e física desse substrato. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados em esquema fatorial 4x2, com quatro repetições. Os tratamentos foram substrato sem reuso e reutilizados por uma, duas e três vezes, solarizados e não solarizados. Avaliou-se altura e número de folhas da planta, comprimento e largura da maior folha, massa fresca e seca da parte aérea e produtividade. Nos substratos, avaliou-se pH, condutividade elétrica, densidade úmida, densidade seca, capacidade de retenção de água e incidência de Rhizoctonia solani e Pythium aphanidermatum.Verificou-se possibilidade de reuso do substrato fibra de coco por até três vezes. As médias das características fitotecnicas avaliadas aumentaram com os sucessivos reusos do substrato, com destaque para a produtividade de 7,4 kg m-2 verificada no substrato de terceiro reuso. As médias das características químicas e físicas do substrato aumentaram com os reusos sucessivos e possibilitaram o cultivo de alface para baby leaf, com destaque para o pH na faixa de 6,7 a 6,8 e condutividade elétrica entre 0,28 a 0,35 dS m-1 para os substratos reaproveitados. A solarização foi eficiente na eliminação dos patógenos R. solani e P. aphanidermatum de todos os substratos avaliados.



DOI: https://doi.org/10.1590/hb.v34i4.276

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