Produtividade da cebola em sistema de plantio direto fertirrigado sob diferentes doses de nitrogênio e densidades populacionais
Resumo
Na cultura da cebola, diversos trabalhos comprovam que a densidade populacional e a fertilização nitrogenada devem ser consideradas quando se deseja combinar produtividade com produtos de qualidade. O experimento teve por objetivo avaliar o efeito de doses de nitrogênio, via fertirrigação, em diferentes densidades populacionais na produtividade e armazenamento pós-colheita de bulbos de cebola nas condições do Alto Vale do Itajaí, SC. Com este propósito foram conduzidos dois ensaios de campo, em 2011 e 2013, em Cambissolo Háplico, em Ituporanga-SC. Os tratamentos corresponderam a quatro densidades de plantas (300.000, 400.000, 500.000 e 600.000 plantas ha-1) submetidas a cinco doses de nitrogênio (0, 50, 100, 150 e 200 kg ha-1 de N), distribuídas ao longo do ciclo vegetativo da cultura via fertirrigação. Utilizou-se a cultivar Epagri 352 Bola Precoce. As semeaduras, os transplantes e as colheitas foram realizados em 25/04/11 e 19/04/2013, 25/07/11 e 12/07/2013, e 25/11/2011 e 21/11/2013, respectivamente. Foram avaliadas as produtividades comerciais (total, Cx2, Cx3 e Cx3+), teor de N na metade do ciclo, florescimento (%) e perda pós-colheita (%). Produtividades comerciais totais máximas de 55,1 e 58,3 t ha-1 foram alcançadas com doses de 129,0 e 161,3 kg de N ha-1, respectivamente para 2011 e 2013 . O aumento de doses de N reduz a formação de bulbos Cx2. A maior produtividade Cx3 (25,6 a 39,3 t ha-1) foi obtida com populações de 500 a 600 mil plantas ha-1 e doses de 126,1 a 135,9 kg N ha-1. O aumento da densidade populacional reduz a produtividade Cx3+. As maiores produtividades Cx3+ (49,6 a 54,4 t ha-1) foram alcançadas com doses de 126,3 e 156,7 kg N ha-1. Para a cultivar Bola Precoce podem ser consideradas adequadas na metade do ciclo teores foliares de N na faixa de 23,0 a 34,0 g kg-1. O aumento das doses de N concorre para o aumento do florescimento, mas não influencia as perdas em pós-colheita.
DOI: https://doi.org/10.1590/hb.v34i4.522
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