Desempenho e divergência genética de genótipos de tomate para processamento industrial
Resumo
O crescimento do mercado de tomate para processamento industrial desperta o interesse de instituições nacionais e empresas multinacionais produtoras de sementes de hortaliças no desenvolvimento de novos híbridos. Neste sentido, objetivou-se avaliar o desempenho e a divergência genética de genótipos de tomate, quanto às características firmeza de fruto, concentração de maturação dos frutos, índice de retenção do pedúnculo, vigor da planta, cobertura foliar do fruto, sanidade da planta, produção média por planta e teor de sólidos solúveis (°Brix). Foram avaliados 53 híbridos, sendo três testemunhas, híbridos plantados no Brasil. Apenas 12 genótipos e o híbrido comercial H9553 atendem aos critérios necessários para tomates destinados ao processamento, com base nas características: firmeza, concentração de maturação dos frutos e ausência de índice de retenção do pedúnculo. Os genótipos 1, 18 e 48 destacam-se quanto ao teor de sólidos solúveis, concentração de maturação e firmeza dos frutos, respectivamente. A análise de divergência genética e agrupamentos revela que os genótipos 1 e 18 apresentam dissimilaridade dos demais genótipos. Enquanto o primeiro demonstrou maiores médias de vigor de planta, cobertura foliar do fruto, sanidade da planta e °Brix, o segundo revelou menores médias firmeza de frutos, concentração de maturação dos frutos e °Brix. Os híbridos 3, 6, 8, 14, 24, 37 e 48 apresentam similaridade genética com o híbrido comercial H9553, o que os caracteriza como potenciais para serem utilizados como novas opções no mercado, uma vez que apresentam alta produtividade, qualidade e portanto, aceitabilidade na cadeia produtiva de tomate industrial. Ademais, por apresentarem características favoráveis podem ser utilizados para cruzamentos futuros com genótipos de outros grupos, que também apresentem características favoráveis.
DOI: https://doi.org/10.1590/hb.v34i4.723
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