Desempenho de cultivares de batata em diferentes espaçamentos e em solo naturalmente infestado com Ralstonia solanacearum

Agnaldo Donizete Ferreira de Carvalho, Carlos Alberto Lopes, Carlos Francisco Ragassi

Resumo


A murcha bacteriana ou murchadeira é uma das principais doenças da batata no Brasil e em outras regiões de clima tropical e subtropical. Nos últimos anos, a Embrapa lançou, dentre outras, as cultivares BRSIPR Bel e BRS Camila, como alternativas à ‘Agata’, a mais plantada no Brasil. Por serem cultivares novas, é importante que se conheça seu desenvolvimento em diferentes condições de cultivo. O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento dessas três cultivares quando plantadas em quatro espaçamentos em um campo naturalmente infestado com Ralstonia solanacearum nas condições de Brasília, DF. As três cultivares foram avaliadas em quatro diferentes espaçamentos entre batatas-semente (15, 20, 25 e 30 cm). O delineamento experimental foi o de parcelas subdivididas com quatro repetições, com os espaçamentos casualizados na parcela e as cultivares na subparcela. Aos 59 dias após o plantio (DAP), foi avaliada a incidência de plantas com sintomas de murcha bacteriana e, na colheita, aos 116 DAP, foram avaliados: massa total de tubérculos, massa de tubérculos comerciais, número total de tubérculos e número de tubérculos comerciais. As cultivares BRSIPR Bel, Agata e BRS Camila apresentaram diferentes níveis de suscetibilidade à murcha bacteriana, da ordem de 20, 30 e 80% de plantas sintomáticas aos 59 DAP, respectivamente. ‘BRS Camila’ apresentou níveis inferiores de produtividade com relação às demais cultivares. Não houve efeito do espaçamento de plantio para as variáveis mensuradas. Dessa forma, BRSIPR Bel e Agata demostram ser cultivares mais bem adaptadas às condições avaliadas em relação a ‘BRS Camila’.



DOI: https://doi.org/10.1590/hb.v35i4.993

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